sábado, 22 de março de 2008

Um texto aí

Engraçado como a música pode mostrar muito como foi sua noite passada, e seu humor depende muito do seu sentimento amoroso da noite passada. 4H20 no escritório, Sabotage sob para o oitavo dan e desce a second life. A figura que trabalha na maquina do lado e só fala sobre porcos e urubus, passou o dia reclamando e monstrando o poder para algum de seus porcos, seus gambás, alces e peixes como foi sua noite. Não deve ter conseguido encontrar nada no mar a frente da sua trilha. Resultado, não comi ninguém e vou ferrar com todos. A trilha, Strokeninas, Black Strias e uns romanticos de corno no radio, aumenta e só ouve o que quer, coça a cabeça e reclama com o proximo. No dias anterior estava radiante como uma gazela canatndo e sendo carinhoso com os outros. A letra do Sabotage estava correta...

"Do Samba ao Rap, ao Reggae
representa o Brooklyn
a fúria aqui só ressucita
ao ver alguém ter chabi
tipo Ariri no miudinho
Oxazie faço assim
Mauricio vem no Cavaquinho
quem duvidou chega aí
demorou
curte aí
de Pirituba ao Mangui
da Ponte ao Moraes
Jardim Peri Itapevi
Jardim Repu Jacqueli
Baiana
diz assim
soube entrar e sair
respeitei soube agir
não tirei zé povim
quis por fim
ao estopim
perguntei
fiz a mim
que é de lei
por aqui
mas só quem é foi ouvir
olha lá
o que fiz
promessa fiz pra Vivi"

Grooverizando daquele modo pra minha Black Magic Woman

quarta-feira, 19 de março de 2008

A música que vem do sertão pernambucano

Fazer um disco que seja compreendido e apreciado no meio do sertão de Pernambuco e também nos centros urbanos mais importantes do Brasil. Esse foi um dos pensamentos que passou na cabeça do cantor e compositor Siba, quando estava preparando seu mais novo trabalho “Toda Vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar” (Ambulante Discos) junto com o grupo a Fuloresta. “Não sei se consegui fazer isso, mas esse foi um dos pensamentos”, conta o cantor.

Siba ficou conhecido de um publico especifico quando fez parte do grupo Mestre Ambrosio, que veio de Recife em meados dos anos 90. Em 2002 ele voltou para Pernambuco após viver em São Paulo por sete anos. Por lá começou a conviver com músicos locais, e conseqüentemente com toda a origem de estilos musicais que surgiram por todo o interior daquele estado.
Em 2003 ele lança o primeiro disco com o grupo Fuloresta, que é formado por músicos tradicionais de Nazaré da Mata, uma pequena cidade com 30 mil habitantes, distante 65 km de Recife. “Fui em busca daqueles músicos pois eles são verdadeiros mestres no seu território”, diz o compositor. Convivendo com esses músicos; Siba hoje pode se considera um verdadeiro mestre de maractu e cirandeiro, que são estilos musicais característicos daquela região, junto com o forro e o coco.
“A música daquela região é construída em função dos versos”, conta o compositor, que consegue trazer nesse disco toda aquela poesia. Em canções como “Pisando em Praça de guerra” ou em “12 Linhas”com participação de Zé Galdino. “Ele (Galdino) é um dos maiores músicos daquela região, é uma honra poder dividir a música com um artista assim”. Outras participações que dão um tempero especial e fazem a ligação entre o sertão pernambucano e a mata de concreto estão participações da cantora Céu, Mauricio Alves (Mestre Ambrosio), Lucio Maia (Nação Zumbi) e Fernando Catatau (Cidadão Instigado). O caminho e longo entre as cidades, mas a música de Siba e a Fuloresta diminui esse percurso.

Grooverizando no sertão pernambucano com minha Nega